A música e a educação infantil caminham de braços dados...
como podemos experienciar a atividade musical no nosso dia-a-dia sem que a transformemos em produto?
como podemos experienciar a atividade musical no nosso dia-a-dia sem que a transformemos em produto?
Compartilho uma boa reflexão da abordagem histórico-cultural
de uma artista-professora-doutora
e de uma doutora-professora-artista!!!
de uma artista-professora-doutora
e de uma doutora-professora-artista!!!
"Minha resposta a um colega que
queria saber minha opinião sobre o recente decreto de música.
queria saber minha opinião sobre o recente decreto de música.
Compartilho com todos que queiram
também saber como penso a respeito:
também saber como penso a respeito:
Caríssimo colega Iramar Rodrigues,
acho que são outros caminhos
que não fazem parte de como eu penso
educação musical para a escola pública.
Não penso em "musicalzar",
nem em fazer orquestras,
ou qualquer coisa que venha
de cima para baixo,
nem mesmo a flauta doce
ou o velho e batido canto orfeônico.
ou qualquer coisa que venha
de cima para baixo,
nem mesmo a flauta doce
ou o velho e batido canto orfeônico.
Penso que educar musicalmente
seja compartilhar experiências com base
e a partir do que as próprias pessoas já fazem.
Educar musicalmente para mim,
é fazer com que elas descubram
como elas já são musicais
como elas já são musicais
em suas próprias experiências musicais do dia a dia
e que elas passem a ter consciência de tais experiências,
que possam se expressar, compreender,
criar e adentrar outras expressões musicais,
criar e adentrar outras expressões musicais,
as quais deseje a partir de sua vontade e liberdade de escolha.
Acho que isso só pode acontecer
a partir de uma visão educativa mais ampla e libertária,
que pretenda o exercício dessa mesma liberdade e autonomia.
Música com todos e para todos a partir de cada um.
Músicas, no plural. Não uma música, não uma expressão.
Exercício de musicalidades diversas, de identidades musicais,
de gente de verdade que faz música no seu cotidiano,
que são expressões autênticas e válidas
de serem compartilhadas e vivenciadas por outros.
Expressões da nossa musicalidade
que se abram para outras musicalidades.
Acho, Iramar, que existe espaço para tudo é para todos,
contanto que haja também o respeito
para a vivência dessa diversidade.
contanto que haja também o respeito
para a vivência dessa diversidade.
Obrigada por perguntar minha opinião meu amigo,
meus respeitos à você.
Sinceramente: não é um decreto que muda a cabeça
nem as práticas engessadas e engessantes
das pessoas e do mundo escolarizado.
das pessoas e do mundo escolarizado.
Abraços brasilienses!"
Fonte:
Patrícia Pederiva fez:
Graduação em Música pela Universidade de Brasília (1987),
Especialização em Execução Musical pela Universidade de Brasília (2000).
Mestrado em Educação (Ensino-aprendizagem) pela Universidade Católica de Brasília (2005).
Doutorado em Educação pela Universidade de Brasília (2009/ Escola, Aprendizagem e Trabalho Pedagógico).
É Professora adjunta do Departamento de Métodos e Técnicas
da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.
Integra grupo de pesquisa sobre a teoria histórico-cultural e suas implicações educacionais.
Coordena grupo de pesquisa sobre a Atividade Musical no contexto de Educação.
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