Hoje, pedi que as crianças respondessem a pergunta:
O QUE SEI SOBRE O ÍNDIO?
Suas respostas foram:
"É uma pessoa".
"É uma pessoa que vive onde tem muitos amigos".
"Gosta de tomar iogurte"
"Come peixe, macarrão com arroz, salada e macarrão".
"Ele pode tomar suco"!
"Banha no chuveiro".
"Banho no rio".
"Come fruta, feijão, batata, macarrão,
maçã e fruta e banana e cascas".
"Lápis, porque ele escreve!"
"Come fruta, toma banho no rio, ele come banana, maçã,
come comida, salada, peixe, macarrão, salsinha, carne,
miojo, arroz, toma suco, balinha também"
"Come salada, miojo, comida".
"A casa dele é de palha.
Ele usa penas
e faz um barulho assim: uuuuuuu".
Contextualizando...
Esta proposta foi feita após o lanche,
que foi MACARRÃO,
portanto, o tema principal acabou sendo a alimentação.
Uma das alunas citou que "o índio escreve"
e fico contente que esta tenha lembrado
de um livro que levei do filósofo Daniel Munduruku
para mostrar os vários modelos de casas.
As falas mais estereotipadas
foram dadas pelos alunos que já tiveram contato com a escola,
embora ao perguntar
"vocês já viram um índio?"
As crianças disseram que não,
mas que já viram na televisão,
no desenho do pica pau,
que por sinal é uma fonte imagética
poderosa e muito preconceituosa!
As falas das crianças foram sistematizadas em um cartaz,
pois eu propus escrevermos,
procurarmos outras fontes para conhecemos mais sobre o tema
e confirmar ou não o que está escrito.
Após a leitura do registro,
pedi que fizessem um desenho,
durante a atividade algumas falas ainda foram registradas.
Selecionei três ilustrações que me chamaram atenção, pois:
As letras iniciais do nome da criança e do meu aparece...
Ela fez uma pintura corporal
e não esqueceu da pena e das sobrancelhas!!!
A casa do índio: Veja o detalhe do teclado e da porta,
das penas na cabeça e da grama!
Neste desenho, a criança registra informações sobre o índio...
Veja que belo texto!
Há muitas maneiras para a implementação da lei,
entretanto, o caminho percorrido por muitos
ainda trás a herança colonialista
e o seu legado de inserir os não-brancos
em um estereótipo
que o tira da posição
de sujeito de direitos
e de povos com suas particularidades!
Leia algumas sugestões sobre esta temática em:
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