terça-feira, 30 de abril de 2013

Protagonismo musical

Após apresentar para os alunos o tambor,
levei um chocalho, 
confeccionado por um rapaz
do povo Karajá -
chamado Karió.
As crianças tocaram 
os instrumentos em dupla.
Fragmentos deste momento 
podemos apreciar 
no seguinte vídeo:
Esta foi uma atividade 
de identidade e parceria,
com trocas, 
experimentação, escuta, 
desafios, ações, reações,
pergunta e resposta,
silêncio e som, 
suplício e diversão!

Família é... gente que cresce e que nos faz crescer!!!

Este vídeo 
do projeto Música em Família
apresenta uma linda mensagem 
sobre nossa ancestralidade... 
Vale muito a pena assistir!!!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Presente do Pajé



A obra de Solange Cianni

aborda como Uarimo 

aprende com seu avó a arte da pajelança

 e temas como 

morte, saudade, tristeza e doenças

aparecem como parte da sabedoria indígena. 


Confeccionamos uma cena 

da menina com seu cajado

utilizando papel crepom,  cola colorida,

tinta guache, canetinha

e uma silhueta (que fiz anteriormente!).


No dia posterior 

ao desenho, a colagem e a pintura,

procuramos pela escola

galhos secos para representar 

"o presente do pajé". 

Olhe como ficou o resultado:




























A autora do livro é professora em Brasília 

e tem outros livros publicados,

para mais informações 

acesse o blog: 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Nossos Abarés...

A palavra ABARÉ tem cinco letras,
assim como a palavra AMIGO.
O que mais tem em comum as palavras 
de origem tupi-guarani e portuguesa?

Cada criança falou o nome de seu (sua) ABARÉ
e assim percebemos que mesmo 
que a língua seja diferente...
todos nós 
temos abarés!!!

Seja na escola, 
na família, 
na rua...

Seja um animalzinho de estimação,
um bichinho de pelúcia,
um amigo imaginário...

Veja...
retratamos 
 nossos abarés:

Os Matis

Hoje apreciamos algumas fotos dos Matis,
 também conhecidos como "povo onça", 
sendo os ornamentos faciais
o mais forte elemento de identidade deste grupo.
 Nas fotos,
 podemos ver como as zarabatanas estão presentes
 há nas setas um veneno 
-denominado curare-  
que é preparado a partir de um cipó.
Caso queira mais informações sobre este 
ou outro povo indígena, 
o site abaixo é muito bom!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

O que é, o que é? O que é ABARÉ?

Hoje lemos um livro muito especial... 
um livro SEM PALAVRAS
 (nos dois sentidos)!
Um livro com muitos significados... 
E este se chama Abaré.

Fiz a leitura junto com os alunos,
fazendo indagações,
ouvindo colocações,
apreciando as ilustrações.

Depois, observamos esta página
em preto e branco...
foi feita uma ilustração
no papel camurça preto
com giz de cera branco 
desta linda cena.










Amanhã serão lidas as páginas finais do livro,
nelas Graça Lima se apresenta 
e nos presenteia 
com uma bela explicação 
sobre sua motivação para escrevê-lo:

"ABARÉ
significa amigo em tupi-guarani,
uma das línguas indígenas no Brasil.

Neste livro, 
que mostra um dia de aventuras de um pequeno índio
e seus inúmeros amigos, 
decidi homenagear os índios Matis.

A primeira vez que ouvi falar deles
foi quando meu filho mais velho 
entrou para uma escola com nome indígena, 
Oga Mitá, que significa "casa de crianças,
e as turmas eram divididas por tribos.
A turma dele era a Matis.
Os índios Matis são conhecidos como o povo onça,
por seu ritual de caça
em que pintam o rosto como se fossem onças.
A língua dos índios Matis vem da família linguística pano, 
que é formada por 29 línguas diferentes.
Os primeiros contatos com os Matis 
foram feitos no final da década de 1970.

Eles são muito interessantes em seus mitos
e suas pinturas corporais.
Embora cultivem pequenas hortas, 
são essencialmente caçadores e 
especialistas na caça com zarabatana. 

Os índios têm um grande amor pela floresta
e pelos animais que nela habitam. 
Para eles todos são abarés.
E o seu abaré? 
Quem ou que é?" 
(página 38)



quarta-feira, 17 de abril de 2013

AWAPÁ: NOSSO CANTO...

As crianças ouviram o CD da aldeia Yawalapiti 
que acompanha um livro
com diversas fotos e informações deste povo...

"A suspeita de que a música tradicional
 corria perigo de desaparecer na aldeira Yawalapiti
ficou mais forte quanto Parú se foi,
levando na sua memória 
grande parte do acervo musical 
que deveria ter passado, 
em vida, aos mais jovens."

O projeto AWAPÁ: NOSSO CANTO 
surgiu da preocupação 
de ver o desaparecimento 
da memória musical xinguana.

Este é um material excelente,
pois a audição  
quebra com estereótipos
acerca da música e da língua indígena.

As canções são ricas e compostas
por flautas diversas, percussões, solos vocais...
Aprecie os vídeos
e confira um pouco do que vimos:


Pegadas do tempo... Pegadas no tempo!

As crianças ficaram encantadas com as marcas na caverna
e a ideia dos dinossauros terem existido...

Brincamos de identificar as pegadas abaixo: 
Depois, uma leitura acompanhada com sonoplastia
-usamos o tambor, o corpo, assobios, água...-
foi feita do livro 
"O desenho na pedra".

As crianças registraram suas impressões em um papel pardo,
que depois foi pintado com tinta e água
para dar um efeito de terra!
O resultado ficou maravilhoso 
e desenhando elas puderam pensar 
sobre o ato de desenhar...
fizemos um METADESENHO!!!




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tocando tambor...

Há algum tempo comprei um tambor,
um instrumento que 
particularmente gosto de apresentar aos meus alunos...
Falo de como foi feito e do que foi feito,
assim, as crianças passam a entender 
que não é apenas um objeto de madeira e couro!

Neste momento,
as crianças puderam sentir a pele,
aprenderam como pegar
e os cuidados necessários!

Cada uma tocou por algum tempo
e depois pedi 
que me acompanhasse com palmas.
Puxa, como é difícil tocar e filmar!!! rs

O vídeo inserido foi produzido 
para registro da produção das crianças,
mas como esta foi nossa primeira gravação
e primeira experiência com o instrumento...
todos ficaram muito tímidos!!!

Posteriormente, 
outros momentos serão proporcionados,
afinal, música não é só audição
e espero que meus alunos 
possam protagonizar: 

criando e apreciando 
cantando e dançando
sentindo e pensando...

As notas que não nomeamos,
mas produzimos com nossas
próprias "mãos"!


sábado, 13 de abril de 2013

Sobre o decreto de música...

A música e a educação infantil caminham de braços dados... 
como podemos experienciar a atividade musical no nosso dia-a-dia sem que a transformemos em produto? 
Compartilho uma boa reflexão da abordagem histórico-cultural 
de uma artista-professora-doutora 
e de uma doutora-professora-artista!!!


"Minha resposta a um colega que 

queria saber minha opinião sobre o recente decreto de música. 

Compartilho com todos que queiram 

também saber como penso a respeito:

Caríssimo colega Iramar Rodrigues, 

acho que são outros caminhos 

que não fazem parte de como eu penso 

educação musical para a escola pública. 

Não penso em "musicalzar", 

nem em fazer orquestras, 

ou qualquer coisa que venha 

de cima para  baixo,

 nem mesmo a flauta doce 

ou o velho e batido canto orfeônico. 

Penso que educar musicalmente 

seja compartilhar experiências com base 

e a partir do que as próprias pessoas já fazem.

 Educar musicalmente para mim, 

é fazer com que elas descubram 

como elas já são musicais 

em suas próprias experiências musicais do dia a dia

 e que elas passem a ter consciência de tais experiências, 

que possam se expressar, compreender, 

criar e adentrar outras expressões musicais, 

as quais deseje a partir de sua vontade e liberdade de escolha. 

Acho que isso só pode acontecer 

a partir de uma visão educativa mais ampla e libertária, 

que pretenda o exercício dessa mesma liberdade e autonomia. 

Música com todos e para todos a partir de cada um.

 Músicas, no plural. Não uma música, não uma expressão. 

Exercício de musicalidades diversas, de identidades musicais, 

de gente de verdade que faz música no seu cotidiano, 

que são expressões autênticas e válidas 

de serem compartilhadas e vivenciadas por outros.

 Expressões da nossa musicalidade 

que se abram para outras musicalidades. 

Acho, Iramar, que existe espaço para tudo é para todos, 

contanto que haja também o respeito 

para a vivência dessa diversidade.

 Obrigada por perguntar minha opinião meu amigo, 

meus respeitos à você. 

Sinceramente: não é um decreto que muda a cabeça 

nem as práticas engessadas e engessantes 

das pessoas e do mundo escolarizado. 

Abraços brasilienses!"

Fonte:


Patrícia Pederiva fez:
 Graduação em Música pela Universidade de Brasília (1987), 
Especialização em Execução Musical pela Universidade de Brasília (2000). 
Mestrado em Educação (Ensino-aprendizagem) pela Universidade Católica de Brasília (2005). 
Doutorado em Educação pela Universidade de Brasília (2009/ Escola, Aprendizagem e Trabalho Pedagógico).

É Professora adjunta do Departamento de Métodos e Técnicas 
da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.
 Integra grupo de pesquisa sobre a teoria histórico-cultural e suas implicações educacionais. 
Coordena grupo de pesquisa sobre a Atividade Musical no contexto de Educação.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Lei 11.645/2008: TODO dia é dia de ÍNDIO!!!

Hoje, pedi que as crianças respondessem a pergunta:

O QUE SEI SOBRE O ÍNDIO?

Suas respostas foram:

"É uma pessoa".

"É uma pessoa que vive onde tem muitos amigos".

"Gosta de tomar iogurte"

"Come peixe, macarrão com arroz, salada e macarrão". 

"Ele pode tomar suco"!

"Banha no chuveiro".

"Banho no rio".

"Come fruta, feijão, batata, macarrão, 
maçã e fruta e banana e cascas".

"Lápis, porque ele escreve!"

"Come fruta, toma banho no rio, ele come banana, maçã, 
come comida, salada, peixe, macarrão, salsinha, carne,
 miojo, arroz, toma suco, balinha também"

"Come salada, miojo, comida".

"A casa dele é de palha. 
Ele usa penas 
e faz um barulho assim: uuuuuuu".

Contextualizando...

Esta proposta foi feita após o lanche, 
que foi MACARRÃO, 
portanto, o tema principal acabou sendo a alimentação. 

Uma das alunas citou que "o índio escreve" 
e fico contente que esta tenha lembrado 
de um livro que levei do filósofo Daniel Munduruku 
para mostrar os vários modelos de casas. 

As falas mais estereotipadas 
foram dadas pelos alunos que já tiveram contato com a escola, 
embora ao perguntar 
"vocês já viram um índio?" 
As crianças disseram que não, 
mas que já viram na televisão, 
no desenho do pica pau,
que por sinal é uma fonte imagética
poderosa e muito preconceituosa!

As falas das crianças foram sistematizadas em um cartaz, 
pois eu propus escrevermos,  
procurarmos outras fontes para conhecemos mais sobre o tema
e confirmar ou não o que está escrito.

 Após a leitura do registro, 
pedi que fizessem um desenho, 
durante a atividade algumas falas ainda foram registradas. 

Selecionei três ilustrações que me chamaram atenção, pois:
 As letras iniciais do nome da criança e do meu aparece...
Ela fez uma pintura corporal 
e não esqueceu da pena e das sobrancelhas!!!
A casa do índio: Veja o detalhe do teclado e da porta,
 das penas na cabeça e da grama!
 
Neste desenho, a criança registra informações sobre o índio...
Veja que belo texto!

Há muitas maneiras para a implementação da lei,
entretanto, o caminho percorrido por muitos 
ainda trás a herança colonialista
e o seu legado de inserir os não-brancos
em um estereótipo
que o tira da posição
 de sujeito de direitos
e de povos com suas particularidades!

Leia algumas sugestões sobre esta temática em: